sexta-feira, 10 de abril de 2009


Quais as contribuições das intervenções psicopedagógicas no âmbito hospitalar?


A Psicopedagogia, em qualquer âmbito em que seja aplicada, trabalha as questões ligadas, principalmente, à ansiedade, baixa auto-estima e depressões; minimiza os prejuízos de ordem cognitiva no processo de aprendizagem, facilita a relação saudável do indivíduo com o meio e o prepara para aprender inclusive questões ligadas à sua maneira de ser, limites e potencialidades. Como especificamente, a enfermidade tende a afetar as interações da criança com o ambiente físico e social em que vive e, por sua vez, os aspectos do ambiente são alterados como conseqüência da enfermidade, a capacidade de conhecer sua nova situação e gerenciá-la de modo otimista, produtiva e saudável pode fazer toda diferença na realização futura dessa pessoa, especialmente aquela que é hospitalizada por longos períodos.


Ao se atender a criança hospitalizada com a intervenção psicopedagógica, cria-se um mecanismo protetor para neutralizar as adversidades inerentes à condição de enfermidade e hospitalização. Uma eficiente intervenção psicopedagógica facilita o desencadeamento do processo de resiliência, que consiste na habilidade de superar o efeito das adversidades e do estresse no curso do desenvolvimento. (Yunes & Szymanski, 2001)


A Psicopedagogia é fundamental ao paciente hospitalizado para manter os laços com os conhecimentos básicos e desenvolver as competências de natureza psicossocial. A escola e a aquisição de novos conhecimentos são, para a criança, meios de ser inserida e reconhecida no meio social, necessários para sua avaliação como pessoa.


Havendo uma internação, parte desse processo tende a ser bruscamente interrompido e, por vezes, por longos períodos, alterando sua auto-imagem e autoestima e as suas possibilidades de voltar a se inserir no mundo escolar. Além disso, a doença, quando não compreendida pela criança e até pelo adulto, é razão de duplo sofrimento, pela doença em si e pelo afastamento de seu meio de convívio e desenvolvimento educacionais, sociais e profissionais. A Psicopedagogia permite, ainda, e com grande sucesso, que este paciente se habilite como agente ativo do seu próprio processo de tratamento, recuperação e promoção da saúde.
Objetivos

O objetivo do psicopedagogo é formar; a terapia é cuidar, curar. A psicopedagogia busca o melhor ser interagindo com o saber ser. Assim é que é a psicopedagogia transita entre duas vias, ora articulada às finalidades da terapia, ora à pedagogia. Ela faz uma articulação entre a subjetividade e a objetividade do sujeito aprendente. No entanto, possui virtudes próprias, ao procurar sempre o melhor. Trata-se de passar da fase inicial, pouco equilibrada, precária, defasada a uma fase mais estável, reequilibrada, usando um circuito em derivação, um desvio em todo caso, para reconciliar a criança com a escola, como todo mundo gosta de afirmar. É fazendo o papel de mediador que o psicopedagogo utiliza-se do conto, sendo ele próprio o mediador de ação psicopedagógica. No trabalho psicopedagógico com o conto de fada, encontramos duas formas de mediação: tentar conciliar o herói da história com seu objeto de busca, que poderá acontecer através do casamento, ou pela conquista do tesouro, deixando-o na riqueza, concluindo com o...” foram felizes para sempre”; levar a criança a uma conciliação com ela própria, com a escola e com suas aprendizagens culturais.


O objetivo maior é a integração das crianças no âmbito escolar.
Em relação aos objetivos destes projetos, destacam-se os seguintes:


• Intervir nas instituições de saúde, integrando equipes multidisciplinares;
• Colaborar com outros profissionais, orientando seu procedimento no trato com o paciente e sua família;
• Elaborar métodos e programas psicopedagógicos em contextos de reabilitação psicossocial para pessoas em recuperação de doença, de modo a não interromper bruscamente as atividades habituais que contribuem para seu desenvolvimento;
• Elaborar relatórios de condições terapêuticas de ensino/aprendizagem e outras comunicações;
• Criar recursos que levem em conta a singularidade da criança e de seu nível cognitivo e funcionamento afetivo;
• Desenvolver meios através dos quais aumente a competência da família e do jovem hospitalizado em relação ao conhecimento e enfrentamento das enfermidades em questão e suas conseqüências;
• Participar em projetos com equipes multiprofissionais.


São crianças e jovens, além dos adultos e pessoas da terceira idade, em risco de vida, o que já as torna singulares, exigindo um olhar mais criteriosamente preparado para tal atendimento. Trata-se, também, de se preparar psicopedagogos capazes de participar de uma equipe profissional multidisciplinar, que objetiva não apenas a recuperação do paciente, mas que tenha em vista sua mais adequada reinserção na vida pessoal, familiar, escolar e profissional pós-hospitalização. É uma sutil, mas importante alteração nos objetivos e usos da psicopedagogia, influenciando multidisciplinarmente profissionais e instituições da saúde e pessoas adoentadas, a viverem com melhor qualidade de vida.

quarta-feira, 8 de abril de 2009



O que é a psicopedagogia?


A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.


1. Quem são os psicopedagogos?


São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.


2. Onde atuam?


O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).


3. Como se dá o trabalho na clínica?


O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), histórias, material pedagógico etc. Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial chamada anamnese com os pais ou responsável, para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença, conversar sobre histórico do sujeito, desde seu nascimento até o atual momento.

4. O diagnostico é composto de quantas sessões?


Geralmente faz-se o diagnóstico entre 8 a 10 sessões. O ideal é que haja duas sessões por semana.


5. E depois do diagnóstico?


O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso. Ele poderá perceber também, que o problema esteja na escola, então possivelmente ele recomendará uma troca de escola.


6. E o tratamento psicopedagógico?


O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo. Neste caso, este último solicitará o informe psicopedagógico para análise. Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras coisas que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros.Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem.O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e pode dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.


7. Como se dá o trabalho na Instituição?


O psicopedagogo na instituição escolar poderá: - ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas;- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;- conversar com os pais para fornecer orientações;- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.


8. O que é fundamental na atuação psicopedagógica?


A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”. O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc. E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.
Feliz Páscoa!!

A Páscoa representa a vitória da vida sobre a morte,o sacrifício pela a verdade e pelo o amor.Jesus de Nazaré demonstrou que não se consegue mataras grande idéias renovadoras. Os grandes exemplosde Amor ao próximo e de Valorização da Vida.A vida só pode ser definida pelo o Amor, e o Amor pela a Vida.Foi por isso que Ele afirmou que veio ao mundo para que tivéssemos Vida em Abundância, isto è, plena de Amor!Desejo á você e sua família uma Páscoa recheada não só de chocolates,mas de Amor, Paz, Plenitude, União, Harmonia, Bênçãos e Cristo no coração! Beijos... Thaina Ribeiro.