domingo, 2 de dezembro de 2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

NEUROCIÊNCIAS E EDUCAÇÃO


De que maneira os estudos neurológicos podem contribuir no trabalho do professor para ajudar o aluno na aprendizagem?





A Neurociência é e será um poderoso auxiliar na compreensão do que é comum a todos os cérebros e poderá nos próximos anos dar respostas confiáveis a importantes questões sobre a aprendizagem humana, pode-se através do conhecimento de novas descobertas da Neurociência, utilizá-la na nossa prática educativa. A imaginação, os sentidos, o humor, a emoção, o medo, o sono, a memória são alguns dos temas abordados e relacionados com o aprendizado e a motivação. A aproximação entre as neurociências e a pedagogia é uma contribuição valiosa para o professor.

O foco da educação tem sido o conhecimento a ser ensinado de maneira mecânica e igual a todos os alunos, sem a devida atenção à individualidade, numa demonstração de total falta de consciência da força que possuem os modelos mentais e da influência que eles exercem sobre o comportamento. Por sua vez os alunos, acostumados a perceber o mundo a partir da visão do docente, aceitam passivamente essa proposta pedagógica, desempenhando um papel de receptor de informações, as quais nem sempre são compreendidas e geram conhecimento. Muitas pesquisas no campo educativo apontam o professor como um dos principais protagonistas da educação (DEMO, 2001; ASSMANN, 2001; MORIN, 2002).

Entretanto, proporcionar uma boa aprendizagem para o aluno não depende só do professor, pois é fundamental para uma educação que pretende ajudar o aluno a perceber sua individualidade, tornando-o também responsável pelo ato de aprender, proporcionar a otimização de suas habilidades, facilitar o processo de aprendizagem e criar condições de aprender como aprender. Nesse contexto conhecer o seu padrão de pensamento pessoal e saber como usá-lo é o primeiro passo para ser um participante ativo no processo de aprender. A compreensão de como podemos lidar com certas características pessoais ajudará o aluno a identificar, mobilizar e utilizar suas características criativas e intuitivas, pois cada um aprende no seu próprio ritmo e à sua maneira.

É fundamental que professores estimulem individualmente a inteligência das crianças, empregando técnicas que permitam a cada aluno aprender da maneira que é melhor para ele, aumentando sua motivação para o aprendizado, pois cada pessoa tem de encontrar seu próprio caminho, já que não existe um único para todos (STERNBERG & GRIGORENKO, 2003). Considerando que alunos diferentes lembram e integram informações com diferentes modalidades sensoriais, analisar como as pessoas se relacionam, atuam e solucionam problemas, identificar os estilos específicos da aprendizagem, torna-se bastante útil (WILLIAMS, apudMARKOVA, 2000).

Partindo desse pressuposto, ao professor cabe oferecer, através de sua prática, um ambiente que respeite as diferenças individuais permitindo que os aprendizes se sintam estimulados do ponto de vista intelectual e emocional. Daí a necessidade do educador, consciente de seu papel de interventor responsável pela mediação da informação, buscar estruturar o ensino de modo que os alunos possam construir adequadamente os conhecimentos a partir de suas habilidades mentais. E para isso, é imprescindível que conheçam os significativos estudos da neurociência, uma vez que esses, sem dúvida, influenciam na compreensão dos processos de ensino e de aprendizagem.

No cérebro humano existem aproximadamente cem bilhões de neurônios (unidade básica que processa a informação no cérebro) e, cada um destes pode se conectar a milhares de outros, fazendo com que os sinais de informação fluam maciçamente em várias direções simultaneamente, as chamadas conexões neurais ou sinapses (BEAR, CONNORS, PARADISO, 2002, p. 704).

Se os estados mentais são provenientes de padrões de atividade neural, então a aprendizagem é alcançada através da estimulação das conexões neurais, podendo ser fortalecida ou não, dependendo da qualidade da intervenção pedagógica.

O estudo dos processos de aprendizagem e de todos os fatores que os influenciam, constitui um dos maiores desafios para a educação, pois ao entendê-lo e explicitá-lo, ocorre o desenvolvimento do sujeito dentro do contexto sócio-histórico, e é através dele que se forja a personalidade e a racionalidade humana para que o indivíduo esteja apto a exercer sua função social.

Durante todo ensino fundamental , o professor é visto pelo aluno como um exemplo a ser seguindo e sua opinião é de extrema consideração para o aprendiz. Assim, todo e qualquer parecer do professor em relação ao aluno, torna proporções determinantes para a formação da auto-estima do estudante.

Para a sala de aula, para a educação a Neurociência é e será uma grande aliada para identificar cada ser humano, como único e para descobrirmos a regularidade, o desenvolvimento, o tempo de cada um.

A Neurociência traz para a sala de aula o conhecimento sobre a memória, o esquecimento, o tempo, o sono, a atenção, o medo, o humor, a afetividade, o movimento, os sentidos, a linguagem, as interpretações das imagens que fazemos mentalmente, o "como" o conhecimento é incorporado em representações dispositivas, as imagens que formam o pensamento, o próprio desenvolvimento infantil e diferenças básicas nos processos cerebrais da infância, e tudo isto se torna subsídio interessante e imprescindível para nossa compreensão e ação pedagógica. Os neurônios espelho, que possibilitam a espécie humana progressos na comunicação, compreensão e no aprendizado. A plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento de que o cérebro continua a desenvolver-se, a aprender e a mudar, até à senilidade ou à morte também altera nossa visão de aprendizagem e educação. Ela nos faz rever o fracasso e as dificuldades de aprendizagem, pois existem inúmeras possibilidades de aprendizagem para o ser humano, do nascimento até a morte.





O cérebro realiza várias tarefas incríveis:





· controla a temperatura corpórea, a pressão arterial, a freqüência cardíaca e a respiração;

· aceita milhares de informações vindas de teus vários sentidos (visão, audição, olfato);

· controla o movimento físico ao andar, falar, ficar em pé ou sentar;

· deixa você pensar, sonhar, raciocinar e sentir emoções.









A RELAÇÃO ENTRE O CÉREBRO E A APRENDIZAGEM





Segundo Johnson & Myklebust (1983) o cérebro funciona de forma semi – autônoma, ou seja, um sistema pode funcionar sozinho; pode funcionar com dois ou mais sistemas; ou pode funcionar de forma integrada (todos os sistemas funcionando ao mesmo tempo).

Os sistemas mais presentes no nível de distúrbios neurogênicos são: auditivo, visual e tátil.

Se o professor toma conhecimento deste funcionamento cerebral, pode ressignificar sua prática docente adotando uma didática que caminhe na forma sensório-motora ao funcionamento operatório formal (SOARES, 2003).





Existem três formas de aprendizagem:





1) aprendizagem Intra – Neurosensorial;

2) aprendizagem Inter- Neurosensorial;

3) aprendizagem Integrativa.





Vale ressaltar que um tipo ou forma de aprendizagem não é exclusivamente intra-neurosensorial, o que precisa ser pontuado é que se, um sistema estiver comprometido, não necessariamente irá comprometer outros. É neste sentido que uma aprendizagem pode ser estudada como intra – neurosensorial. Já a aprendizagem inter- neurosensorial é o tipo que mais nos interessa (educadores), quando se estabelece uma atuação preventiva.

Estudos mostram que certa aprendizagem ocorre quando dois ou mais sistemas funcionam de forma inter – relacionada. Fazer uso da música em atividades escolares é um recurso valioso, pois há a possibilidade de trabalhar simultaneamente os sistemas auditivos, visuais e até mesmo o sistema tátil (caso a música desencadeie uma dramatização).

A proposta é dar uma aula que 'facilite' o funcionamento inter desses sistemas, sem necessariamente o professor ter que saber, se a melhor forma daquele sujeito em lidar com os objetos externos é: auditiva, visual ou tátil. Montar um planejamento com esses pré- requisitos é uma forma de atuação saudável, onde Educação e Saúde possam caminhar lado a lado.

Conseqüentemente, esta atuação sob este ponto de vista, facilitará outro tipo de aprendizagem – Integrativa.

Se o professor tiver conhecimento da modalidade de aprendizagem do seu aluno, poderá transformar- se em um facilitador do processo ensino – aprendizagem.





http://neurociencia-educacao.pbworks.com/w/page/9051870/Contribui%C3%A7%C3%B5es%20da%20neuroci%C3%AAncia
Em Juazeiro do Norte - Ce, Curso de Avaliação Diagnóstica Clínica,
com Simaia Sampaio!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Pedagogos, Psicopedagogos, psicólogos, Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais, estudantes e todos que se interessam pela a Aprendizagem!
Encontro de Psicopedagogia do Cariri

sábado, 11 de junho de 2011

Alguns dos Fatores envolvidos na aprendizagem

APRENDIZAGEM

Necessita da integridade das funções do sistema nervoso central (armazenamento, integração, formulação e regulação) e funções do sistema nervoso periférico.



a) integração auditiva - atividade perceptiva da informação sonora, que é transmitida para a análise e decodificação cortical.

b) memória e memorização - capacidade que assegura a aprendizagem da língua, estocagem de informações, repertório do léxico.

c) atividade práxica - movimentos precisos ou não, operações de escolha, aproximações, hipóteses, de onde surge o plano motriz a realizar.

Alterações da Aprendizagem


Audição ,Visão , SNC

• Funcionamento glandular - falta de concentração, sonolência, “lacunas”, hipotireoidismo crônico.

• Alimentação - déficit alimentar crônico produz distrofia generalizada.

• Abrigo e conforto para o Sono - repouso para aproveitamento das experiências.

2 - Fator genético -

• O potencial de aprendizagem também é herdado, a contribuição da genética é indispensável, chega a ser mais relevante que o envolvimento sócio-cultural.

3 - Fatores Psicógenos -

• Na história prévia ao ingresso na escola, revela sinais de neurose infantil ( pavor noturno, enurese, agressividade) .

• Os problemas surgem como reação secundária a seus problemas de rendimento escolar.

• Atitude depressiva diante das dificuldades, tristeza e culpa, diante do temor de viver novo fracasso retira-se e recusa a competir.



Psicoses infantis -

• Autismo, indiferença à linguagem dos outros;

• Outras psicoses organizam linguagem abundante e atrapalhada, mundo imaginário estranho, assustador, pobreza da organização psíquica, mistura de banalidades, neologismos, bizarrias, consoantes estranhas pobreza do léxico e das formas gramaticais.

4 - Fatores pedagógicos -


• Condições metodológicas inadequadas:

• Ênfase demasiada no aspecto fonético, produz uma leitura excessivamente analítica que limita a compreensão e a velocidade da leitura.

• Método monótono, difícil e descuida os interesse infantis, seleção do vocabulário e dos temas.

• Professor pouco flexível na aplicação do método, desconsideração das diferenças individuais das crianças.

• Falta de estímulo nas habilidades que são pré-requisitos para etapas seguintes da aprendizagem.

• Atitude agressiva e pejorativa diante dos superiores e iguais, revela rechaço, negativismo, franca hostilidade com o professor e colegas mais adiantados.

• Atitude de negação e antipatia pelas atividades que causam decepção e frustração, afastamento da realidade e pela excessiva satisfação na fantasia, seja pela fixação com a parada de crescimento na criança.

5 - Fatores sócio-culturais

• Condições habitacionais, sanitárias e de higiene desfavoráveis,

• Privação lúdica e psicomotora, ambiente repressivo,

• Desemprego, insegurança econômica crônica, analfabetismo dos pais, zonas suburbanas e rurais,

• Relações inter-familiares desfavoráveis, grupos sociais muito numerosos, modelos lingüísticos pobres, baixas expectativas culturais,





“Dificuldade de aprendizagem ( DA) é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático.”



Se caracterizam pela impossibilidade ou dificuldade momentânea para a aprendizagem, por motivos internos ou externos que, quando resolvidos, deixam de obstacularizar ou impedir o aprendizado. Ex.. doença momentânea, morte de um ente querido, mudança de escola, de cidade, etc..

Transtornos de Aprendizagem




Funcionamento acadêmico abaixo do esperado para a idade cronológica, nível de inteligência e na educação apropriada para a idade.

Interferem significativamente no rendimento escolar ou nas atividades de vida diária que exigem habilidades de leitura e escrita ou matemática.



DSM- IV

• Alerta, que em relação à idade, determinadas dificuldades podem ser normais, mas se persistem, acabam saindo da normalidade. Portanto faz referência ao rendimento acadêmico em idade escolar, sendo essa dificuldade mais pronunciada se o desenvolvimento de linguagem é o implicado.

• Sugere como fator pré-dispositivo algum dano perinatal, também é relativamente habitual observar relações entre os transtornos de linguagem, seja expressivo ou receptivo e os transtornos de leitura, escrita e cálculo podendo ainda estar agregado aos transtornos de conduta.

Terminologia Atual

 Transtornos da Conduta

 Transtornos Desafiador de Oposição;

 Retardo Mental.



Transtornos específicos da aprendizagem

segundo DSM-IV



 Transtornos invasivos do desenvolvimento

 Autista, Rett, Asperger, outras sem especificação.

 Transtornos de déficit de atenção e hiperatividade

- Tipo predominantemente desatento,

- Predominantemente Hiperativo-Impulsivo,

- Combinado;



Transtornos específicos da aprendizagem

segundo DSM-IV





 Transtornos da comunicação, incluem:

 Da linguagem expressiva;

 Misto da linguagem: receptivo- expressiva, fonológico, disfemia ( gagueira) e outros sem especificação



Transtornos específicos da aprendizagem

segundo DSM-IV

Evolução das perturbações da linguagem



Comunicação oral -

• Pobreza do léxico, formas sintáticas rígidas, perturbações articulatórias, em geral difícil de distinguir as inabilidades que são seqüelas de perturbações da linguagem e as que são variantes orais de uma fala relaxada ou popular.

• Atraso no desenvolvimento de linguagem - transtorno cognitivo, impedindo uso adequado do léxico, da semântica e da sintaxe, incapacidade de expressar idéias por meio de palavras.

• Disfasia infantil - desestruturação da linguagem e da fala, origem neurológica.

Principais Disfunções

• Alexia - incapacidade total para ler

• Agrafia - incapacidade total para escrever

• Acalculia - incapacidade para compreender o mecanismo do cálculo



Principais Disfunções



• Afasia infantil -Falhas na expressão e compreensão, transtorno na estruturação da linguagem decorrente de distúrbios no funcionamento cerebral. (Spinelli- 1983)

• Agnosias - desordens de recepção

• Apraxias e Dispraxias- de ordem motora



Principais Disfunções



Disfemia - Gagueira

Pode aparecer durante o desenvolvimento da fala, sendo episódica em situações de insegurança, cansaço, de contrariedade maior, situações de stress emocional, entrada ou mudança de escola, viagem, nascimento de um irmão, hospitalização...

Dislalias - transtorno da fala, sem que haja lesões ou malformações faciais, antes dos 4a 6m fisiológica , após pode ser considerada patológica.

Disartrias - transtorno da fala, secundário à lesão cerebral.Transtorno gnósico - práxico. (Perelló - 1995)



Principais Disfunções

Disgrafia - transtorno na escrita, traçado disforme, margens malfeitas, linhas irregulares, pressão forte ou fraca, ligações inexistentes, letras angulosas.

• Disortografia - confusão na escrita, no uso das letras, b/d, p/q, e/a, b/h, f/v, p/b, na/a, en/e, casa/caza, azar/asar, exame/ezame, caixa/caxa, pipoca/picoca.





Principais Disfunções











• Discaligrafia - escrita ilegível, em espelho

• Dissintaxe - não coordena a sintaxe

• Dificuldade na evolução do desenho

• Erro na sintaxe - uso incorreto dos verbos e pronomes, terminações incorretas das palavras, falta de pontuação. (Myklebust - 1983)

Um conto...lindo!!!

Há um conto chinês que narra à história de um jovem que foi visitar um sábio conselheiro e lhe falou sobre as dúvidas que tinha a respeito de seus sentimentos por uma bela moça.


O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa: “Ame-a”.

E logo calou-se.

O rapaz, insatisfeito, acrescentou: “Mas ainda tenho dúvidas…”

Novamente, o sábio lhe disse: “Ame-a”.

E diante do desconcerto do jovem, depois de um breve silêncio, continuou:

Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor. O amor é um exercício de jardinagem. Arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja, aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda. Simplesmente: Ame! A vida sem AMOR… não tem sentido.

E ainda prosseguiu o sábio:

A inteligência sem amor te faz perverso.

A justiça sem amor te faz implacável.

A diplomacia sem amor te faz hipócrita.

O êxito sem amor te faz arrogante.

A riqueza sem amor te faz avarento.

A docilidade sem amor te faz servil.

A pobreza sem amor te faz orgulhoso.

A beleza sem amor te faz ridículo.

A autoridade sem amor te faz tirano.

O trabalho sem amor te faz escravo.

A simplicidade sem amor te deprecia.

A lei sem amor te escraviza.

A política sem amor te deixa egoísta.

A vida sem AMOR… não tem sentido.