sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

AUTISMO

Autismo é um transtorno de desenvolvimento. Não pode ser definido simplesmente como uma forma de retardo mental, embora muitos quadros de autismo apresentem QI abaixo da média.

A palavra autismo atualmente pode ser associada a diversas síndromes. Os sintomas variam amplamente, o que explica por que atualmente refere-se ao autismo como um espectro de transtornos; o autismo manifesta-se de diferentes formas, variando do mais alto ao mais leve comprometimento, e dentro desse espectro o transtorno que pode ser diagnosticado como autismo, pode também receber diversos outros nomes, concomitantemente. Os atuais critérios de diagnóstico do autismo estão formalizados na norma DSM-IV, como lemos no livro de Uta Frith:

Em cooperação internacional, os especialistas concordaram em usar certos critérios de comportamento no diagnóstico do autismo. Estes critérios foram explicitados em trabalhos de referência que foram publicados. O esquema mais recente é o descrito no Manual de Diagnóstico e Estatístico (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria. Um esquema de diagnóstico bem parecido é encontrado na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) publicado pela Organização Mundial de Saúde.

Página 11 de "Autism - Explaining the Enigma" (1989) de Uta Frith.



CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO DO AUTISMO (CID-10) (WHO 1992)



Pelo menos 8 dos 16 itens especificados devem ser satisfeitos.



a. Lesão marcante na interação social recíproca, manifestada por pelo menos três dos próximos cinco itens:



1. Dificuldade em usar adequadamente o contato ocular, expressão facial, gestos e postura corporal para lidar com a interação social.

2. Dificuldade no desenvolvimento de relações de companheirismo.

3. Raramente procura conforto ou afeição em outras pessoas em tempos de tensão ou ansiedade, e/ou oferece conforto ou afeição a outras pessoas que apresentem ansiedade ou infelicidade.

4. Ausência de compartilhamento de satisfação com relação a ter prazer com a felicidade de outras pessoas e/ou de procura espontânea em compartilhar suas próprias satisfações através de envolvimento com outras pessoas.

5. Falta de reciprocidade social e emocional.



b. Marcante lesão na comunicação:



1. Ausência de uso social de quaisquer habilidades de linguagem existentes.

2. Diminuição de ações imaginativas e de imitação social.

3. Pouca sincronia e ausência de reciprocidade em diálogos.

4. Pouca flexibilidade na expressão de linguagem e relativa falta de criatividade e imaginação em processos mentais.

5. Ausência de resposta emocional a ações verbais e não-verbais de outras pessoas.

6. Pouca utilização das variações na cadência ou ênfase para refletir a modulação comunicativa.

7. Ausência de gestos para enfatizar ou facilitar a compreensão na comunicação oral.



c. Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos dois dos próximos seis itens:



1. Obsessão por padrões estereotipados e restritos de interesse.

2. Apego específico a objetos incomuns.

3. Fidelidade aparentemente compulsiva a rotinas ou rituais não funcionais específicos.

4. Hábitos motores estereotipados e repetitivos.

5. Obsessão por elementos não funcionais ou objetos parciais do material de recreação.

6. Ansiedade com relação a mudanças em pequenos detalhes não funcionais do ambiente.



d. Anormalidades de desenvolvimento devem ter sido notadas nos primeiros três anos para que o diagnóstico seja feito.



DSM-IV



Os mais atuais critérios de diagnóstico da DSM-IV até o momento, que ilustram as características do indivíduo autista, são:



Importante:



As informações a seguir servem apenas como referência. Um diagnóstico exato é o primeiro passo importante em qualquer situação; tal diagnóstico pode ser feito apenas por um profissional qualificado que esteja a par da história do indivíduo.



CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO DO AUTISMO



A. Um total de seis (ou mais) itens de (1), (2), e (3), com pelo menos dois de (1), e um de cada de (2) e (3).



1. Marcante lesão na interação social, manifestada por pelo menos dois dos seguintes itens:



a. Destacada diminuição no uso de comportamentos não-verbais múltiplos, tais como contato ocular, expressão facial, postura corporal e gestos para lidar com a interação social.

b. Dificuldade em desenvolver relações de companheirismo apropriadas para o nível de comportamento.

c. Falta de procura espontânea em dividir satisfações, interesses ou realizações com outras pessoas, por exemplo: dificuldades em mostrar, trazer ou apontar objetos de interesse.

d. Ausência de reciprocidade social ou emocional.



2. Marcante lesão na comunicação, manifestada por pelo menos um dos seguintes itens:



a. Atraso ou ausência total de desenvolvimento da linguagem oral, sem ocorrência de tentativas de compensação através de modos alternativos de comunicação, tais como gestos ou mímicas.

b. Em indivíduos com fala normal, destacada diminuição da habilidade de iniciar ou manter uma conversa com outras pessoas.

c. Ausência de ações variadas, espontâneas e imaginárias ou ações de imitação social apropriadas para o nível de desenvolvimento.



3. Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos um dos seguintes itens:



a. Obsessão por um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesse que seja anormal tanto em intensidade quanto em foco.

b. Fidelidade aparentemente inflexível a rotinas ou rituais não funcionais específicos.

c. Hábitos motores estereotipados e repetitivos, por exemplo: agitação ou torção das mãos ou dedos, ou movimentos corporais complexos.

d. Obsessão por partes de objetos.



B. Atraso ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes áreas, com início antes dos 3 anos de idade:



1. Interação social.

2. Linguagem usada na comunicação social.

3. Ação simbólica ou imaginária.



C. O transtorno não é melhor classificado como transtorno de Rett ou doença degenerativa infantil.

DISLEXIA

A avaliação é importante?

Sim, muito importante. Ela é fundamental para entender o que está acontecendo com o indivíduo que apresenta sintomas de distúrbio de aprendizagem. Além do que, é pela avaliação multidisciplinar que se tem condições de um encaminhamento adequado a cada caso, considerando as várias possibilidades, inclusive de manifestação da própria dislexia.





E porque um diagnóstico multidisciplinar e de exclusão?

Somente um diagnóstico multidisciplinar pode identificar com precisão o que está ocorrendo. Os distúrbios de leitura e escrita são os fatores de maior incidência em sala de aula, mas nem todos têm uma causa comum. Embora a dislexia seja o maior índice, outros fatores também podem causar os mesmos sintomas; distúrbios psicológicos, neurológicos, oftalmológicos, etc.

Uma equipe multidisciplinar analisa o indivíduo como um todo, verificando todas as possibilidades. Não se parte da dislexia, mas se chega à dislexia, excluindo qualquer outra possibilidade. Por outro lado, se um outro fator for confirmado, o encaminhamento também se dará de modo que o avaliado possa ter um acompanhamento adequado.

Com relação à dislexia ocorre o mesmo; são considerados os inúmeros fatores e as características de cada paciente, para se fazer um encaminhamento adequado a cada caso. Na ABD, um relatório é entregue ao paciente ou responsável (no caso de menores) e este relatório deve ser apresentado ao profissional que fará o acompanhamento, permitindo a este, adotando a linha que mais lhe convier, direcionar imediatamente suas intervenções, alcançando assim resultados mais eficazes em menor tempo.





O disléxico precisará sempre de suporte e/ou acompanhamento profissional?

Uma pessoa disléxica sempre será um disléxico, não podemos alterar esse fato, mas com acompanhamento adequado, mediante uma avaliação adequada, o disléxico evoluirá de forma consistente em seu acompanhamento até obter alta. Esse tempo de acompanhamento vai variar de disléxico para disléxico, além do que temos que considerar os diferentes graus da dislexia (leve, moderado e severo). Ele pode variar de dois a cinco anos. Embora esse tempo seja considerado longo para algumas pessoas, desde o princípio do acompanhamento o próprio disléxico, como os familiares e a escola poderão notar as mudanças, o que vai ser altamente positivo para sua vida acadêmica,familiar, social e profissional.

Observação: Se não forem sentidas mudanças significativas no primeiro ano de acompanhamento (vamos considerar um tempo de entrosamento entre profissional e paciente e ainda de entrosamento com o próprio tratamento), entre em contato com membros da equipe que realizou o diagnóstico. Verifique se o relatório foi redigido adequadamente e se este está sendo considerado para elaborar o plano de acompanhamento. Deve-se lembrar sempre, que o disléxico tem uma dificuldade, não uma impossibilidade. Devidamente acompanhado ele vai paulatinamente superando ou contornando suas dificuldades.





Há algum método ou linha eficaz?

Não há nenhuma linha de tratamento que seja considerada ‘’a melhor’’ ou ‘’a única’’. O importante é a aceitação e adaptação do próprio disléxico à linha adotada pelo profissional. O que podemos dizer é que como a principal característica dos disléxicos é a dificuldade da relação entre a letra e o som (Fonema -Grafema), na terapia deverá ser enfatizado o método Fônico. Deve-se também treinar a memória imediata a percepção visual e auditiva. É sugerido que se adote o método multissensorial, cumulativo e sistemático. Ou seja, deve-se utilizar ao máximo todos os sentidos. Um exemplo básico é poder ler e ouvir enquanto se escreve. O disléxico assimila muito bem tudo que é vivenciado concretamente.





Qual a idade ideal para se fazer um diagnóstico?

Qualquer idade, sendo adulto ou jovem terá atendimento adequado a sua faixa etária. Muitas vezes, antes do primeiro ano de alfabetização, poderá acorrer um ‘’quadro de risco’’, ou seja, poderá não ser confirmada a dislexia, mas também não se descartam outros fatores. Podemos sugerir um acompanhamento adequado e fazer uma observação mais cuidadosa, até podermos diagnosticar com precisão após a alfabetização se há, de fato, a presença de um quadro de dislexia.
 
ABD - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010



CÓDIGO DE ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA - ABPp
Reformulado pelo Conselho Nacional e Nato do biênio 95/96

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
Artigo 1º

A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia.
Parágrafo único
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem
Artigo 2º
A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprios.
Artigo 3º
O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo.
Artigo 4
Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os profissionais graduados em 3º grau, portadores de certificados de curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia, ministradoem estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e aconselhável trabalho de formação pessoal.
Artigo 5
O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) promover a aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia.

CAPÍTULO II
DAS RENPONSABILIDADES DOS PSICOPEDAGOGOS

Artigo 6º

São deveres fundamentais dos psicopedagogos:
A) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem o fenômeno da aprendizagem humana;
B) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões do mundo;
C) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro dos limites da competência psicopedagógica;
D) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia;
E) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe sempre que possível;
F) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição clara do seu diagnóstico;
G) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;
H) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes;
I) Manter atitude de colaboração e solariedade com colegas sem ser conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para a harmonia da classe e manutenção do conceito público.
CAPÍTULO III
DAS RELAÇÕES COM OUTRAS PROFISSÕES
Artigo 7º
O psicopedagogo procurará manter e desenvolver boas relações com os componentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este fim, o seguinte:
A) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhes são reservadas;
B) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização; encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento;

CAPÍTULO IV
DO SIGILIO

Artigo 8º
O psicopedagogo está obrigado a guardar segredo sobre fatos de que tenha conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade.
Parágrafo Único
Não se entende como quebra de sigilio, informar sobre cliente a especialistas comprometidos com o atendimento.
Artigo 9º
O psicopedagogo não revelará, como testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade competente.
Artigo 10º
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros interessados, mediante concordância do próprio avaliado ou do seu representante legal
.
Artigo 11º
Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e a eles não será franqueado o acesso a pessoas estranhas ao caso.

CAPÍTULO V
DAS PUBLICAÇÕES CIENTIFICAS
Artigo 12º
Na publicação de trabalhos científicos, deverão ser observadas as seguintes normas:
a) A discordância ou críticas deverão ser dirigidas à matéria e não ao autor;
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores àquele que mais contribuir para a realização do trabalho;
c) Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição hierarquia para fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação;
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias descobertas e ilustrações extraídas de cada autor.

CAPÍTULO VI
DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL

Artigo 13º
O psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá faze-lo com exatidão e honestidade.
Artigo 14º
O psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em organizações que visem o lucro com venda de produtos, desde que busque sempre a qualidade dos mesmos.

CAPÍTULO VII
DOS HONORÁRIOS
Artigo 15º
Os honorários deverão ser fixados com cuidado, a fim de que representem justa retribuição ao serviços prestados e devem ser contratados previamente.

CAPÍTULO VIII
DAS RELAÇÕES COM SAÚDE E EDUCAÇÃO
Artigo 16º
O psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridades competentes sobre a organização, implantação e execução de projetos de Educação e Saúde Pública relativo às questões psicopedagógicas.

CAPÍTULO IX
DA OBSERVÂNCIA E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA
Artigo 17º
Cabe ao psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código.
Artigo 18º
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel observância dos princípios éticos da classe.
Artigo 19º
O presente código só poderá ser alterado por proposta do Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral.

CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 20º
O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em Assembléia Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e Nato no biênio 95/96, sendo aprovado em 19/07/1996, na Assembléia Geral do III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia da ABPp, da qual resultou a presente solução.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

APRENDENDO A APRENDER



O Psicopedagogo Clínico é um agente facilitador do desenvolvimento global da criança ou adolescente, que busca proporcionar o estímulo a um crescimento intelectual e emocional.


O atendimento Psicopedagógico ajuda a criança e adolescente a estabelecerem uma relação positiva com a aprendizagem, conquistando maior autonomia na sua rotina diária e na escola.


Utiliza recursos e materiais que permitem a criança ou adolescente ampliar o seu mundo de experiências exercitando a curiosidade, a atenção, o pensar, a criatividade e o prazer na produção.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

ÉTICA: ARTE DE VIVER


Muitos anos atrás, em um sítio afastado da cidade, uma humilde lavradora costumava recolher retalhos de cores variadas e bem vistosas. Quando tinha retalhos suficientes, com a dedicação de quem gosta daquilo que faz, costurava-os um a um com um ponto pequeno, firme e adequado, unindo-os de tal forma que não havia risco de se separarem e de o trabalho se desfazer.
Depois de vários dias e várias semanas costurando retalhos, com suas mãos hábeis e delicadas, ela estendia a peça sobre a cama de casal e sorria diante da obra de sua fé, confiança, auto-estima e dedicação.
Era uma colcha multicolorida que alegrava os olhos de toda a família e que pesava o suficiente para manter-se na cama sem escorregar para o chão. Os retalhos, bem costurados, guardavam calor para o amor dos esposos. Era como um cobertor, que abrigava para oferecer descanso, aquecia para dar energia e fazia adormecer para sonhar.
Perto desse sítio havia uma escola com uma única professora, que tinha a responsabilidade de ensinar todas as disciplinas. Ela não era especializada em nenhumas delas, mas preparava muito bem suas aulas para cumprir com eficiência o seu trabalho.
As pessoas, ao se referirem a ela, diziam que tinham uma mística, uma vocação e um modo estranho de... dinamizar a aprendizagem. Em matemática ensinava a honestidade, dizendo que se deve aprender a fazer contas e usar os números para não se enganar e nem enganar a ninguém.
Ensinava a multiplicar serviço, a somar cooperação, a subtrair má-vontade e a dividir lucros e virtudes e entre todos. Associava a matemática com as disciplinas sociais, relacionando as operações ao tempo e ao espaço.
Fazia viagens geográficas pelo mundo e pela história, ressaltando a bondade dos protagonistas. Valorizava não só os inventores, os líderes e os generais, mas também os soldados, os indígenas, os comerciantes e os lavradores.
Ensinava a amar a arte, os artistas, as obras e os artesãos; mostrava a beleza da natureza e a relacionava com a gratidão de Deus.
Unia a vida do universo com a do ser humano e com a de todas as criaturas na área das ciências naturais.
Por meio dos sinônimos, antônimos e conjugações, mostrava a importância da comunicação, quando expressa por palavras elegantes, otimistas, delicadas, respeitosas e tolerantes.
Na área do desenho, deixava voar a imaginação com os símbolos que tivessem significado para a vida, a família, a pátria, a identidade e o sentido de pertencer à mãe terra.
Acreditava na brincadeira e misturava-se aos alunos nos momentos lúdicos que enchiam aprendizagem de alegria e espontaneidade.
Era uma professora que unia os valores a todas as disciplinas. Como a camponesa que tecia os retalhos, essa mestra costurava conhecimentos entre si com um ponto que dava consistência a todos.
Como aquela mulher, ela tecia uma colcha que se transformava em formação integral. Era uma educação única, que entusiasmava os alunos com o dinamismo necessário para manter o interesse do grupo. Entre uma disciplina e outra, a costura conseguia fazer com que a educação servisse para a vida. Nenhuma disciplina era um retalho separado. Unidas, concentravam calor, alegria e otimismo.
Era uma professora que transmitia amor por seu trabalho. Para ela, lecionar era um meio de formação holística. Compreendia que os valores não se ensinam, mas integram-se ao trabalho, são vividos e sentidos.
A ética era uma costura com a qual ela tecia não só conhecimentos, mas também seu próprio trabalho, sendo consequente e dando o melhor de si.
Mais do que a mente, ela atingia o coração dos jovens.

Fonte: Ética: Arte de Viver –

A alegria de ser uma pessoa com dignidade - Betuel Cano

Conhece a Ti mesmo!

“O conhecimento é a base da própria vida. A sabedoria abre caminhos novos para que possamos sentir e mesmo desfrutar da felicidade. Não poderá existir civilização sem que a inteligência ocupe algum lugar na pauta do conforto. Não pode existir progresso sem a intervenção da sabedoria. Entretanto ela se divide em duas forças altamente dignas,com duas dinâmicas opostas: o conhecimento exterior e o auto-conhecimento.
A sapiência externa nos faz investir á procura de valores até certo ponto perecíveis, mas necessário ao nosso equilíbrio. Passamos por perigos inúmeros,sujeito ás investidas do orgulho, em sintonia com o egoísmo e sob o domínio da vaidade. Entrementes,se vencermos essas condições na altura em que elas se nos apresentam,sairemos livres,para nossos conhecimentos,que podemos crer,serão a maior verdade,que é o conhecimento de nós mesmos,é o estudo do universo interno,aprofundando-nos dentro dele como se fora o nosso próprio mundo.Este conhecimento se chama SABEDORIA AMOR.
Há quem diga que o amor não é sabedoria.Está completamente enganado.Quem ama nas linhas ensinadas por Nosso Senhor Jesus Cristo é um verdadeiro sábio.Ao conhecermos as nossas deficiências,abrimos portas de luz nas esferas da consciência,de sorte a nos enriquecermos em todos os rumos,dos valores eternos, de talentos que Deus depositou em nossos corações, para a garantia de nós mesmos .
As religiões de todo o mundo e a filosofia que medra em toda a terra têm a missão sagrada de indicar ás criaturas os arcanos da sabedoria interna,que é a verdadeira senda de iluminação. Aquele que já conhece a si mesmo dispensa certos acessórios que pesam muito sobre os ombros e que exigem tempo precioso na sua conservação. O sábio interno nasce de novo , é um novo homem que surge de dentro do homem velho.
Todo movimento que se preocupa com as coisas externas das criaturas pode fazer muito em favor das almas em sofrimento,não resta dúvidas.Entretanto quando encontramos quem nos ajuda a trabalhar dentro de nós,a descobrir os nossos tesouros,esse é o caminho ensinado por Cristo,que nos liberta definitivamente.Quem conhece a si mesmo tem mais facilidade em conhecer as lições externas e as propriedades que lhe sustentam a vida.
Deus está no centro de todos nós, esperando,como pai,os nossos apelos nascidos da vontade. Cristo pega em nossas mãos para nos mostrar os caminhos abertos pela caridade. O céu está mais próximo de nós do que pensamos: reside dentro de nós mesmos,executar as cirurgias indispensáveis em todas as áreas da nossa conduta,dominar os nossos impulsos inferiores e discipliná-los transformando-os em instrumento de trabalho e de paz,para que surja o amor no centro dos sentimentos e juntos a ele,a tranqüilidade imperturbável em todos os caminhos que devemos trilhar.
"QUEM CONHECE A SI MESMO, JÁ NÃO TEM TEMPO D CRITICAR QUALQUER PESSOA.”

quarta-feira, 7 de abril de 2010


NAPE

O núcleo de atendimento pedagógico especializado é um espaço facilitador da construção do saber.
Garantir às interações físicas, funcionais, sociais e educacionais por meio do reconhecimento e atendimento as particularidades das crianças e adolescentes com necessidades educativas e especiais, proporcionando-lhes diferentes alternativas de atendimento, sem discriminação beneficiando a todos com o convívio e crescimento, na diversidade sem perder de vista a educação de qualidade através do trabalho pedagógico, o que implica na atualização e desenvolvimento de conceitos e metodologias educacionais compatíveis com o desafio da inclusão.

LEGISLAÇÃO



Constituição (1989): garante o direito á escola para todos. Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) garante o direito á igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório. Assegura o atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular.

Declaração de Salamanca (1994): O texto dez que os alunos que têm deficiências graves devem ser atendidos no mesmo ambiente de ensino que todos os demais.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB (1996): Afirma que o atendimento especializado pode ocorrer em classes especiais quando não for possível oferecê-lo na escola comum.

Decreto N° 3956 Convenção de Guatemala (2001): Assegura que o acesso ao ensino fundamental é um direito e, priva pessoas em idade escolar dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais fere a convenção e a constituição.

Obs: De acordo com o artigo 8° da Lei Federal N° 7.853/89, os crimes cometidos contra as pessoas com necessidades especiais podem ser punidos com prisão de 1 a 4 anos e multa. Em caso de denúncia procurar o ministro público.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Atitudes que favorecem o sucesso dos seus filhos:





1. Fale sempre da escola, para criar em seu filho uma expectativa positiva em relação aos estudos.

2. Abrace-o e deseje-lhe coisas boas quando ele estiver de saída para aula.

3. Na volta, procure saber como foi o dia dele, o que aprendeu e com se relacionou com todos.

4. Conheça o professor e converse com ele sobre a criança e o trabalho dela na escola.

5. Em caso de notas baixas, não espere ser chamado: Vá à escola para saber o que está acontecendo.

6. Mantenha uma relação de respeito, carinho e consideração com todos os professores.

7. Resolva diretamente os problemas entre você, seu filho e o professor e só recorra a outros em último caso.

8. Crie o hábito de observar os materiais escolares e ajude nas lições de casa.

9. Quando seu filho estiver com problemas, compartilhe-os com a escola sem omitir fatos nem julgar atitudes.

10. Comente com amigos e parentes os êxitos escolares dele, por menores que sejam para reforçar a auto-estima e autoconfiança de seu filho.

Défict de Atenção com ou sem Hiperatividade

Um número significativo de crianças sofre da Síndrome de Déficit de Atenção e Hiperatividade (SDAH).

Trata-se de uma desordem muito mais comum nos rapazes do que nas moças: 80% a 90% dos casos diagnosticados são de rapazes.

A situação torna-se preocupante quando estas crianças começam a freqüentar a escola, podendo o seu comportamento comprometer o desempenho escolar.

As crianças hiperativas manifestam alguns sintomas de falta de atenção que é possível identificar:

• Apresentam dificuldade em manter a atenção ao executar tarefas ou atividades;
• Evitam as tarefas que requerem esforço mental persistente;
• Distraem-se facilmente com estímulos irrelevantes;
• Não tomam atenção suficiente aos pormenores ou cometem erros por descuido nas tarefas escolares, no trabalho ou noutras atividades lúdicas;
• Parecem não ouvir quando se lhes dirigem diretamente;
• Perdem objetos necessários a tarefas ou atividades que terão de realizar.
Eis alguns sintomas de hiperatividade - impulsividade observáveis nas crianças:
• Mexem permanentemente os pés;
• Levanta-se na sala em situações em que se espera que estejam sentadas;
• Correm e saltam excessivamente em situações inapropriadas;
• Apresentam dificuldade em se envolver numa atividades de forma tranqüila;
• Falam em excesso;
• Respondem antes da pergunta ser completada;
• Apresentam dificuldade em esperar pela sua vez.

No entanto, para se concluir a presença da SDAH é fundamental que os sintomas persistam por mais de seis meses e se tenham iniciado antes dos sete anos.

O educador deve estabelecer regras precisas e conseqüências claras e não deve utilizar uma linguagem de confronto, de modo a evitar comportamentos inadequados. Deve também alternar atividades paradas com atividades mais ativas, ajustando o ritmo.

Encorajar a criança a desenhar pode ser uma forma de ajudar a lembrar determinado assunto abordado.

Contar uma história é também uma forma eficaz de captar a atenção, visto que todas as crianças gostam de ouvir histórias, especialmente histórias pessoais.

Para as crianças hiperativas, é importante que o estabelecer e realizar tarefas de forma rotineira.

OS PAIS E A ESCOLA

A escola, ao contrário do que muitos pais pensam, não é "aquele lugar" onde as crianças passam os dias, com a obrigação de aprender alguma coisa e onde os professores têm todas as responsabilidades.

A escola faz parte do quotidiano familiar da criança e os pais devem estar envolvidos em todo o processo de aprendizagem.

Pode-se dizer que a escola é um prolongamento do lar, onde o aluno se socializa com os outros e partilha a sua rotina pessoal. Assim, a colaboração dos pais com os professores ajuda a resolver muitos dos problemas escolares dos filhos.

O conhecimento do que se passa na escola, quais os seus princípios educativos e quem são os professores, capacita os pais a participarem mais activamente na vida escolar do seu filho. É necessária, então, uma interacção contínua entre todas as partes envolvidas.

Para os pais, participar na escola não deve ser só "receber informações". É preciso que façam sugestões e tomem algumas decisões em conjunto com os professores.

Aliás, os professores e pais não se devem ver como inimigos. São ambos um complemento importante na educação das crianças.

Infelizmente, muitas vezes, as causas da abstenção dos pais na vida escolar dos filhos passa pelos seus rígidos horários de trabalho. Acompanhar o percurso escolar da criança, neste aspecto, torna-se bastante difícil, principalmente quando se está cansado e com falta de paciência.

Desta forma, e uma vez que pode não ser possível participar mais activamente, o ideal é que os pais participem, pelo menos, nas reuniões trimestrais com o professor/director de turma. Nelas terão oportunidade de se certificar do trabalho escolar que tem sido desenvolvido e receber esclarecimentos.
Sempre que possível, será útil para o bom desenvolvimento escolar da criança o envolvimento dos pais também nos seguintes aspectos:

Pais e Escola
• comparecer na Escola sempre que pedido ou por iniciativa própria;
• participar activamente e cooperar em actividades extracurriculares;
• incentivar a criança a usar a Biblioteca da escola, se existir.

Pais, Filhos e Escola
• incutir nas crianças/alunos a compreensão nítida da necessidade de respeito pelo trabalho, o horário, os professores e as exigências disciplinares da Escola;
• incentivar a criança a participar nas actividades promovidas pela Escola.

Em Casa
• proporcionar um local adequado em casa para que a criança possa estudar e fazer os trabalhos de casa;
• respeitar algum silêncio quando a criança estiver a fazer os trabalhos de casa, para que seja um momento de concentração que pemita uma melhor apreensão dos conteúdos das aulas.
• estabelecer, em acordo com a criança, um horário para a realização dos trabalhos escolares.

Em Geral
• procurar criar o hábito de ser assídua e pontual às aulas;
• atribuir pequenas responsabilidades, ajudando a criança a organizar-se nas actividades escolares para torná-la mais independente e segura de si;
• mostrar interesse em tudo o que a criança realiza, incentivando-a nas pesquisas e esclarecendo dúvidas, sem, no entanto, fazer os trabalhos por ela;
• favorecer o seu desenvolvimento de acordo com sua capacidade, não fazendo comparações com os colegas, mas estimulando-a a superar-se;
• ser optimista perante a vida em geral, criando um ambiente positivo.
Acima de tudo, lembre-se que a escola é também um local de trabalho. É preciso que as crianças tirem o máximo partido do tempo que passam com os colegas e professores e que o façam de uma forma responsável e sentindo que têm todo o apoio que os pais lhes podem dar.

quarta-feira, 24 de março de 2010

ANÁLISE DOS CONTEÚDOS VIVENCIAIS



TIPO DE ENTREVISTA OU QUESTIONÁRIO, PARA CONHECER MELHOR A CRIANÇA OU ADOLESCENTE

1. Como você se sente frequentemente?
(você se sente habitualmente Alegre?.... Triste?... Disposto?...
Desanimado...)



2. O que você acha de você mesmo?
(você se acha bom, ruim, destemido, medroso, simpático, antipático...)


3. O que você acha que os outros pensam de você?


4. Você se sente melhor em casa, na rua ou na escola?


5. Quais as pessoas que você mais gosta?


6. Quais as pessoas que você não gosta?


7. Quais as pessoas que você tem mais medo?


8. Quais as pessoas que você tem raiva?


9. Quais as pessoas que você tem pena?


10. Quais as pessoas que você tem vergonha?


11. Quais os seus três maiores desejos?


12. De que é que você mais gosta?


13. De que é que você não gosta?


14. Que é que lhe dá mais medo?


15. Que é que lhe dá mais raiva?


16. Que é que lhe dá mais pena?


17. Que é que lhe dá mais vergonha?


18. Qual sua lembrança mais antiga?


19. Das coisas boas que lhe aconteceram, qual foi a melhor?


20. Das coisas ruins que lhe aconteceram, qual foi a pior?


21. O que você quer ser quando crescer?


22. O que você não deseja ser quando crescer?



OUTRO TIPO DE ENTREVISTA OU QUETIONÁRIO:




1. EU GOSTARIA TANTO...

2. FICO TRISTE QUANDO...

3. EU NÃO GOSTO DE...

4. ÀS VEZES EU SOU....

5. EU NÃO SOU...

6. MINHA MÃE ÀS VEZES...

7. EU GOSTARIA QUE PAPAI...

8. EU GOSTARIA DE TER...

9. EU GOSTARIA DE SER...

10. EU SOU...

11. EU ACHO ÀS VEZES QUE AS PESSOAS...

12. EU NÃO SOU MAIS...

13. GOSTARIA QUE MAMÃE...

14. PAPAI ÀS VEZES....

15. EU NÃO CONSIGO....

16. OS PAIS ÀS VEZES...

17. OS FILHOS ÀS VEZES...

18. SER LIVRE É....

19. SEMPRE PENSO...

20. MINHA PRINCIPAL CARACTERÍSTICA É...

APRENDIZAGEM


ALGUNS TRANSTORNOS

QUE AFETAM A APRENDIZAGEM

Dislexias:
A incapacidade de aprender a ler de um indivíduo que possui a capacidade intelectual necessária. Vários são os termos dados a este transtorno como: dislexia específica, dislexia de evolução, e no passado "cegueira verbal congênita”.
Segundo L. Bender (Teoria de atraso na maturação cerebral. "Retardo de maturação", explica Bender, "significa lenta diferenciação em relação a um padrão estabelecido, sem que se especifique ser o déficit local, estrutural, específico ou fixo. Não implica em limitação obrigatória quanto ao potencial; na verdade, com freqüência sobrevêm aceleramento de maturação”.
A dislexia representaria um tipo especial de imaturidade cerebral, na qual se atrasaria a função de reconhecimento visual e auditivo dos símbolos verbais.

Dislalia:
Transtorno funcional primário que corresponde ao atraso da fala, à linguagem "bebê".

Atenção:
É um evento oculto que não pode ser controlado diretamente. Dessa maneira, é muito parecido com o processo oculto de aprendizagem, que também não apresenta referência direta e só pode ser mensurado pela observação das alterações no desempenho. Infelizmente, a atenção é um pré-requisito da aprendizagem. Se ambos são mensurados por uma alteração no desempenho é devida à atenção imperfeita, à aprendizagem imperfeita ou ambas.
A atenção na aprendizagem refere-se à seleção de estímulos dentre os vários utilizados no processo de aprendizagem, a fim de a ele associar a resposta adequada. A criança precisa dispor da atenção seletiva para discernir dentre tantos estímulos aquele que leva a uma resposta apropriada. A atenção deve estar centrada no conteúdo propriamente, não na forma e recursos utilizados na aprendizagem do mesmo. Ao escutar uma explicação oral, além de preocupar-se com a compreensão da mesma, há uma percepção de tom de voz, sotaque, etc; que também fazem parte do estímulo. Caso a atenção não esteja centrada, ( atenção seletiva); ela se desviará, não vingando o essencial.

Apraxias:
Incapacidade de executar os movimentos apropriados a um determinado fim, conquanto não haja paralisias.

Disfasias/Audiomudez:
Transtornos raros da evolução da linguagem. Trata-se de crianças que apresentam um transtorno da integração da linguagem sem Insuficiência sensorial ou fonatória; que podem, embora com dificuldade, comunicar-se verbalmente e cujo nível mental é considerado normal.

Ecolalia:
Repetição da fala do interlocutor.

Disortografia:
Escrita com os erros de que tratamos, pode ser o primeiro ou único achado de exame em caso de dislexia leve não examinado logo no início, podendo ter havido, mas já desaparecido, as dificuldades à leitura. Boa parte dos disléxicos melhora razoavelmente nesta matéria, enquanto ainda cometem muitos erros à escrita.
Os disléxicos podem fazer toda a sua escrita em espelho, o que é, entretanto, raro.
Quanto aos erros de omissão, o mais freqüente é suprimirem-se letras mudas ou vogais - BNDT (por BENEDITO), por exemplo.
É comum a tendência à união de duas ou mais palavras numa só, mas se pode também verificar a divisão de uma palavra, que o disléxico escreve em duas partes.
Quanto a pontuação, pode haver dificuldade na colocação de vírgulas.

Afasia:
É a perda parcial ou total da capacidade de linguagem, de causa neurológica central decorrentes de AVC (Acidente Vascular Cerebral), lesões cerebrais nas áreas da fala e linguagem. Conforme a extensão e localização da lesão o paciente pode apresentar um ou mais sintomas.
Sintomas:
·perda total ou parcial da articulação das palavras;
·perda total ou parcial da fluência verbal; dificuldade de expressar-se verbalmente; nomear objetos; repetir palavras; contar; nomear por exemplo os dias da semanas, meses do ano; ou ainda perda da noção gramatical;
·perda total ou parcial da habilidade de interpretação, não reconhece o significado das palavras.
·ler;
·escrever;
·perda total ou parcial da capacidade de organização de gestos para comunicar o que quer.

"Adquirida" da criança é considerada como algo excepcional. Ressalta uma redução da expressão verbal com transtornos articulares freqüentes, uma compreensão oral raramente perturbada, uma alexia freqüente acompanhando-se de transtornos da escrita. Afasias pós-traumáticas ou tumorais das quais poderíamos obter certas características: redução da expressão verbal oral mas sobretudo escrita, freqüência muito maior dos transtornos da realização da linguagem, em menos grau, da compreensão da linguagem, evolução um tanto favorável quando a lesão não é evolutiva.
Segundo Ketchum, afasia congênita, geralmente se relaciona com lesão cerebral evidente.

Disfasia:
Transtorno da linguagem- afasia congênita. Cujos transtornos se referem a recepção e análise do material auditivo, verbal e dificuldades com o discurso (perturbações na comunicação verbal).
Gagueira

Memória:
A memória pode ser definida como a capacidade do indivíduo de gravar as experiências e acontecimentos ao longo da vida.

Pode ser dividida em:
Tipos de Material: Verbal ou não verbal
Modalidade de Experiência Sensorial: Visual, Auditiva, Táctil e Gustativa
Memória de Curto Termo: aspecto de memória que envolve lembrança imediata
Memória de Longo Termo: para informações apresentadas pelo menos há 30 minutos
Memória Remota: para informações que ocorreram há mais de 24 h.

Os transtornos de memória tem sido mais freqüentemente relatados como déficits de habilidade associadas com algum tipo de disfunção cerebral.
problema de memória é também freqüentemente foco de intervenções de tratamento, e podem ser classificados como Retrógrada ( dificuldade de memória para informação codificada antes da lesão) e Anterógrada ( dificuldade de memória para informações subseqüentes à lesão).
No tratamento das disfunções da memória é importante identificar a fonte da dificuldade, se possível, bem como a natureza e parâmetros da disfunção. Entendendo-se o mecanismo da dificuldade pode-se conduzir ao desenvolvimento das intervenções apropriadas.
Dentro de uma abordagem psicológica, Dejours analisa o tema a partir da distinção de 03 tipos de memória:

Psíquica: ligada aos mecanismos de esquecimento;
Cognitiva: referente ao estocar e evocar informações;
Memória do "Saber Fazer": ligada aos programas genéticos que necessitam de encontros específicos com o ambiente, denominada Memória POTENCIAL ou LATENTE.

A intervenção psicopedagógica em indivíduos que tem problema de retenção vem no sentido de auxiliar para que este faça um maior número de relações entre o objeto de estudo ( o que quer ou precisa aprender) e suas estruturas mentais.

Transtornos Emocionais
Deficiência Mental
Desenvolvimento psicomotor
Sexualidade

Hiperatividade:A imagem composta da primeira infância das crianças hiperativas é a crianças é a de crianças que tem dificuldades de alimentar-se, de dormir, estão muitas vezes em mau estado de saúde e não aprende a falar, ou só falam adequadamente após ou três anos de idade ou mais.
Atraso de Linguagem:
Considera-se atraso de linguagem crianças que:
Até 1 ano e ½ não falam palavras isoladas
A partir dos 2 anos não formam frases

Causas possíveis:
Quando os pais ou aqueles que cuidam da criança não esperam que a mesma exprima sua vontade, antecipam-se fazendo aquilo que a criança quer fazendo com que a criança não sinta necessidade de falar.
Quando não há estímulos adequados
Quando o meio socio-afetivo-cultural não é adequado
Quando há atraso psicomotor
Quando à perda auditiva parcial ou total
Quando à problema neurológico.
Tratamento: Fonoaudiológico
Será identificado o nível de linguagem, as causas do atraso, orientação da participação familiar.

Autismo:

Transtorno do desenvolvimento caracterizado, de maneira geral, por problemas nas áreas de comunicado e interação, bem como por padrões restritos, restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades.