quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O Psicopedagogo busca compreender e não interpretar.

A Psicopedagogia, como área de estudo e atuação que se preocupa com o processo de aprendizagem e os transtornos que podem aparecer neste processo, não só pode como deve se apropriar de tais conhecimentos, tendo em vista que sua ação estará ligada tanto a prevenção quanto ao tratamento de dificuldades de aprendizagem.
A dislexia, a síndrome, discauculia, TDA, TDA/H, a deficiência, a defasagem, o disfuncionamento, e muitas outras dificuldades saltam aos olhos dos professores, dos pais, e dos próprios sujeitos que apresentam tais sintomas. Todos desejam a existência de fórmulas mágicas, receitas ou métodos que incidam diretamente no problema, muitas vezes, sem considerar todo percurso realizado até ali, o esforço feito, os resultados já obtidos e, principalmente, a autoria do aprendiz na superação de suas dificuldades. Desta forma, as dificuldades passam a ter tal importância que acabam por esconder o aprendiz e, inúmeras vezes, por desconsiderar suas possibilidades, conhecimentos e qualidades, e assim como suas emoções e defesas.
A Psicopedagogia Clínica vem se constituindo não como um saber a parte, que passa a reinar e a ditar procedimentos sem considerar a realidade escolar, mas sim como uma área de estudo e de atuação que, ao compreender as especificidades da aprendizagem e do aprendiz, podendo colaborar em conjunto com a escola, os pais e principalmente com o indivíduo. O Psicopedagogo Clínico é envolvido com a aprendizagem humana, que congrega conhecimentos de diversas áreas intervindo neste processo, seja para potenciá-lo ou para amenizar dificuldades, atendendo as necessidades individuais de aprendizagem. A procura de um profissional fora do espaço escolar apresenta alternativas às propostas e condições existentes na escola, o atendimento diferenciado pode ir além das questões – problema vinculado à aprendizagem podendo trazer a tona, mais facilmente, as razões que descadeiam as necessidades individuais – às vezes alheias ao fator escola, que fazem com que as crianças e adolescentes sintam-se excluídos, ou excluam-se a si mesmos do sistema educacional.
“Todo trabalho psi é clínico, seja realizado numa instituição ou entre as quatro paredes de um consultório. Clínica é a nossa atitude pelas vivências do outro, de disponibilidade perante seus sofrimentos, de olhar e de escuta além das aparências que nos são expostas.” Gonçalves (1997).

“SE UMA CRIANÇA NÃO PODE APRENDER DA MANEIRA QUE É ENSINADA, É MELHOR ENSINÁ-LA DA MANEIRA QUE ELA PODE APRENDER”. (ABD)

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