sexta-feira, 30 de abril de 2010

ÉTICA: ARTE DE VIVER


Muitos anos atrás, em um sítio afastado da cidade, uma humilde lavradora costumava recolher retalhos de cores variadas e bem vistosas. Quando tinha retalhos suficientes, com a dedicação de quem gosta daquilo que faz, costurava-os um a um com um ponto pequeno, firme e adequado, unindo-os de tal forma que não havia risco de se separarem e de o trabalho se desfazer.
Depois de vários dias e várias semanas costurando retalhos, com suas mãos hábeis e delicadas, ela estendia a peça sobre a cama de casal e sorria diante da obra de sua fé, confiança, auto-estima e dedicação.
Era uma colcha multicolorida que alegrava os olhos de toda a família e que pesava o suficiente para manter-se na cama sem escorregar para o chão. Os retalhos, bem costurados, guardavam calor para o amor dos esposos. Era como um cobertor, que abrigava para oferecer descanso, aquecia para dar energia e fazia adormecer para sonhar.
Perto desse sítio havia uma escola com uma única professora, que tinha a responsabilidade de ensinar todas as disciplinas. Ela não era especializada em nenhumas delas, mas preparava muito bem suas aulas para cumprir com eficiência o seu trabalho.
As pessoas, ao se referirem a ela, diziam que tinham uma mística, uma vocação e um modo estranho de... dinamizar a aprendizagem. Em matemática ensinava a honestidade, dizendo que se deve aprender a fazer contas e usar os números para não se enganar e nem enganar a ninguém.
Ensinava a multiplicar serviço, a somar cooperação, a subtrair má-vontade e a dividir lucros e virtudes e entre todos. Associava a matemática com as disciplinas sociais, relacionando as operações ao tempo e ao espaço.
Fazia viagens geográficas pelo mundo e pela história, ressaltando a bondade dos protagonistas. Valorizava não só os inventores, os líderes e os generais, mas também os soldados, os indígenas, os comerciantes e os lavradores.
Ensinava a amar a arte, os artistas, as obras e os artesãos; mostrava a beleza da natureza e a relacionava com a gratidão de Deus.
Unia a vida do universo com a do ser humano e com a de todas as criaturas na área das ciências naturais.
Por meio dos sinônimos, antônimos e conjugações, mostrava a importância da comunicação, quando expressa por palavras elegantes, otimistas, delicadas, respeitosas e tolerantes.
Na área do desenho, deixava voar a imaginação com os símbolos que tivessem significado para a vida, a família, a pátria, a identidade e o sentido de pertencer à mãe terra.
Acreditava na brincadeira e misturava-se aos alunos nos momentos lúdicos que enchiam aprendizagem de alegria e espontaneidade.
Era uma professora que unia os valores a todas as disciplinas. Como a camponesa que tecia os retalhos, essa mestra costurava conhecimentos entre si com um ponto que dava consistência a todos.
Como aquela mulher, ela tecia uma colcha que se transformava em formação integral. Era uma educação única, que entusiasmava os alunos com o dinamismo necessário para manter o interesse do grupo. Entre uma disciplina e outra, a costura conseguia fazer com que a educação servisse para a vida. Nenhuma disciplina era um retalho separado. Unidas, concentravam calor, alegria e otimismo.
Era uma professora que transmitia amor por seu trabalho. Para ela, lecionar era um meio de formação holística. Compreendia que os valores não se ensinam, mas integram-se ao trabalho, são vividos e sentidos.
A ética era uma costura com a qual ela tecia não só conhecimentos, mas também seu próprio trabalho, sendo consequente e dando o melhor de si.
Mais do que a mente, ela atingia o coração dos jovens.

Fonte: Ética: Arte de Viver –

A alegria de ser uma pessoa com dignidade - Betuel Cano

Conhece a Ti mesmo!

“O conhecimento é a base da própria vida. A sabedoria abre caminhos novos para que possamos sentir e mesmo desfrutar da felicidade. Não poderá existir civilização sem que a inteligência ocupe algum lugar na pauta do conforto. Não pode existir progresso sem a intervenção da sabedoria. Entretanto ela se divide em duas forças altamente dignas,com duas dinâmicas opostas: o conhecimento exterior e o auto-conhecimento.
A sapiência externa nos faz investir á procura de valores até certo ponto perecíveis, mas necessário ao nosso equilíbrio. Passamos por perigos inúmeros,sujeito ás investidas do orgulho, em sintonia com o egoísmo e sob o domínio da vaidade. Entrementes,se vencermos essas condições na altura em que elas se nos apresentam,sairemos livres,para nossos conhecimentos,que podemos crer,serão a maior verdade,que é o conhecimento de nós mesmos,é o estudo do universo interno,aprofundando-nos dentro dele como se fora o nosso próprio mundo.Este conhecimento se chama SABEDORIA AMOR.
Há quem diga que o amor não é sabedoria.Está completamente enganado.Quem ama nas linhas ensinadas por Nosso Senhor Jesus Cristo é um verdadeiro sábio.Ao conhecermos as nossas deficiências,abrimos portas de luz nas esferas da consciência,de sorte a nos enriquecermos em todos os rumos,dos valores eternos, de talentos que Deus depositou em nossos corações, para a garantia de nós mesmos .
As religiões de todo o mundo e a filosofia que medra em toda a terra têm a missão sagrada de indicar ás criaturas os arcanos da sabedoria interna,que é a verdadeira senda de iluminação. Aquele que já conhece a si mesmo dispensa certos acessórios que pesam muito sobre os ombros e que exigem tempo precioso na sua conservação. O sábio interno nasce de novo , é um novo homem que surge de dentro do homem velho.
Todo movimento que se preocupa com as coisas externas das criaturas pode fazer muito em favor das almas em sofrimento,não resta dúvidas.Entretanto quando encontramos quem nos ajuda a trabalhar dentro de nós,a descobrir os nossos tesouros,esse é o caminho ensinado por Cristo,que nos liberta definitivamente.Quem conhece a si mesmo tem mais facilidade em conhecer as lições externas e as propriedades que lhe sustentam a vida.
Deus está no centro de todos nós, esperando,como pai,os nossos apelos nascidos da vontade. Cristo pega em nossas mãos para nos mostrar os caminhos abertos pela caridade. O céu está mais próximo de nós do que pensamos: reside dentro de nós mesmos,executar as cirurgias indispensáveis em todas as áreas da nossa conduta,dominar os nossos impulsos inferiores e discipliná-los transformando-os em instrumento de trabalho e de paz,para que surja o amor no centro dos sentimentos e juntos a ele,a tranqüilidade imperturbável em todos os caminhos que devemos trilhar.
"QUEM CONHECE A SI MESMO, JÁ NÃO TEM TEMPO D CRITICAR QUALQUER PESSOA.”

quarta-feira, 7 de abril de 2010


NAPE

O núcleo de atendimento pedagógico especializado é um espaço facilitador da construção do saber.
Garantir às interações físicas, funcionais, sociais e educacionais por meio do reconhecimento e atendimento as particularidades das crianças e adolescentes com necessidades educativas e especiais, proporcionando-lhes diferentes alternativas de atendimento, sem discriminação beneficiando a todos com o convívio e crescimento, na diversidade sem perder de vista a educação de qualidade através do trabalho pedagógico, o que implica na atualização e desenvolvimento de conceitos e metodologias educacionais compatíveis com o desafio da inclusão.

LEGISLAÇÃO



Constituição (1989): garante o direito á escola para todos. Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) garante o direito á igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório. Assegura o atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular.

Declaração de Salamanca (1994): O texto dez que os alunos que têm deficiências graves devem ser atendidos no mesmo ambiente de ensino que todos os demais.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB (1996): Afirma que o atendimento especializado pode ocorrer em classes especiais quando não for possível oferecê-lo na escola comum.

Decreto N° 3956 Convenção de Guatemala (2001): Assegura que o acesso ao ensino fundamental é um direito e, priva pessoas em idade escolar dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais fere a convenção e a constituição.

Obs: De acordo com o artigo 8° da Lei Federal N° 7.853/89, os crimes cometidos contra as pessoas com necessidades especiais podem ser punidos com prisão de 1 a 4 anos e multa. Em caso de denúncia procurar o ministro público.